domingo, 22 de junho de 2014

Um novo grupo de apoio no Continente

O Nacional está prestes a ter um maior apoio nas suas deslocações para o Continente, devido a uma iniciativa efectuada por jovens adeptos do Nacional. Estes jovens, na sua maioria estudantes, criaram uma claque intitulada Armada Alvinegra, cujo objectivo é mover os adeptos do Nacional que estão a viver no Continente e apoiar o nosso clube nos jogos fora de casa. A maioria dos membros da claque residem em Lisboa, no entanto alguns dos principais membros da Armada Alvinegra vivem no Porto, possibilitando um forte apoio desde o Norte ao Sul do pais.


Deixo aqui a página oficial do facebook da Armada Alvinegra e a descrição que os membros fizeram sobre a claque nessa mesma página:

"O Clube Desportivo Nacional tem demonstrado, desde a sua fundação em 1910, ser um clube astuto, ambicioso, inovador e altivo, que foi crescendo até se tornar num dos maiores símbolos do desporto nacional. Actualmente é o clube da Região Autónoma da Madeira com os melhores resultados ao nível do futebol profissional, tendo alcançado por duas vezes o 4º lugar na primeira liga, melhor posição de sempre de um clube da Região. No entanto, apesar do Nacional ser um clube da Madeira, cresceu ao ponto de ter adeptos fervorosos por todo o país, dispostos a apoiar nos bons e nos maus momentos.
É nesta ordem que nasce a Armada Alvinegra, um grupo organizado que pretende acompanhar a equipa do Nacional nos jogos efectuados no continente. Sendo este o clube de todos nós, compete-nos a missão de levantar bem alto o seu nome em todos os cantos do país, apoiando-o incondicionalmente.
Fazemos então o apelo a todos os interessados que metam “gosto” na página, ajudem a partilhá-la e, principalmente, juntem-se a nós nesta iniciativa de apoiar o Nacional de Norte a Sul do país, porque juntos seremos mais fortes."

https://www.facebook.com/armadalvinegra


domingo, 25 de maio de 2014

Balanço de uma época positiva

Chegado o termo da época 2013-2014  para o Clube Desportivo Nacional, os principais intervenientes do clube (atletas, dirigentes, staff e adeptos) poderão olhar para esta época com um sentido de dever cumprido, tendo o clube alcançado os principais objectivos propostos para a época e, em alguns casos, os superado! O principal destaque trata-se, claro, da qualificação para a Liga Europa por parte da equipa de futebol profissional, depois de ter atingido o 5º lugar na Liga Portuguesa de Futebol Profissional. No entanto, é importante realçar as conquistas do clube nas camadas jovens e nas suas modalidades, que este ano trouxeram uma maior notoriedade ao C.D.N. e à Região  quer em termos nacionais, quer em termos internacionais.


O Futebol do Nacional

O Nacional conseguiu esta época atingir um honrado 5º lugar na Primeira Liga de Futebol Profissional, o qual proporcionou ao clube o acesso ao play-off para a fase de grupos da UEFA Europa League. A equipa atingiu, deste modo, um dos principais objectivos do clube definidos para época: garantir o regresso do futebol do Clube Desportivo Nacional aos palcos Europeus.
Foi então uma época positiva, que ficou a pecar apenas pelos maus desempenhos nas "taças". Na Taça da Liga o Nacional acabou por não conseguir passar a fase de grupos e na Taça de Portugal foi eliminado contra um modesto Santa Maria. A eliminação da Taça da Liga até se compreende, uma vez que o clube não era favorito a passar à fase seguinte, estando a lutar por um primeiro lugar do grupo contra um Benfica confiante, que acabaria por vencer a prova. Já na Prova Rainha, a desilusão foi imensa. Para um clube que esteve tão perto, por duas vezes nos últimos anos, de atingir uma final desta magnífica competição, ser eliminado no primeiro jogo trouxe um sabor amargo a todos nós, adeptos nacionalistas. Felizmente a equipa conseguiu recompor-se imediatamente e continuou a boa campanha no campeonato nacional, atingindo um lugar que nos orgulha a todos.

Encerrado o assunto das "taças", vamos então fazer uma melhor análise do percurso do Nacional na Primeira Liga.
A época até nem começou da melhor maneira, com uma derrota frente ao Estoril por 3-1, e depois com um empate a uma bola frente ao Guimarães. No entanto a equipa foi rápida a reagir e conseguiu arrancar 4 vitórias em 5 jogos, mostrando-se desde já candidata a ficar entre os 5 primeiros lugares da tabela. E assim foi, aliás, o Nacional chegou a estar no 4º lugar na 18ª jornada, mas depois disso teve uma série de maus resultados, fazendo 4 pontos em 18 possíveis, deixando o Estoril de Marco Silva fugir na classificação. Esta série negativa quase que comprometia o 5º lugar e a consequente classificação para a Liga Europa, no entanto, o Nacional reergueu-se no jogo em que todos menos esperavam que fosse possível alcançar a vitória: C.D. Nacional-F.C. Porto. Nesse jogo a equipa alcançou uma das vitórias mais importantes da temporada, batendo o Porto por 2-1 no Estádio da Madeira, permitindo a continuidade na luta por um lugar Europeu, que praticamente ficou carimbado duas jornadas a seguir, quando bateu o Marítimo por 2-0 em casa (foi um percurso que podia ter sido menos sofrido caso não tivéssemos falhado tanto naquela fase a seguir à 18ª jornada, mas sinceramente, soube melhor assim, ganhar  por 2 e dizer: "oh meus amigos, Europa, só daqui a 2 anos! e se der.." mostrando os dois dedinhos). Acabámos por garantir a qualificação para a Liga Europa com uma goleada por 0-5 sobre o Paços de Ferreira, sendo impossível pedir um melhor desfecho!

Tal desfecho que fez com que nós, adeptos, entrássemos de certo modo em êxtase, com uma alegria e orgulho enorme pelo resultado alcançado na competição e por ter, mais uma vez, a honra de receber jogos de uma competição europeia no nosso estádio, o grande Estádio da Madeira. Tal conquista tinha de ser festejada, e assim o foi. A equipa foi recebida com furor no aeroporto da Madeira, depois de ter ganho o Paços de Ferreira por 0-5.





Uma campanha de mérito:
Foi, de facto, uma campanha muito positiva por parte do Nacional no campeonato português. No entanto, há que referir que este percurso vitorioso da época 2013-2014 não foi uma obra do acaso nem nada que se pareça. Tal sucesso foi atingido através de um trabalho contínuo feito pela direcção. Manter a equipa técnica liderada por Manuel Machado por mais uma época foi importante para que o sistema de jogo que estava a ser trabalhado já na época anterior fosse completamente interiorizado pelos jogadores, de modo a poderem praticar o futebol que presenciámos esta época. Por outro lado, ter conseguido manter a maioria do plantel da época transacta para esta época foi igualmente importante para que esse mesmo sistema de jogo fosse conduzido da forma que Manuel Machado quereria. Ao plantel foram ainda adicionados reforços no mercado de Inverno (Reginaldo e Gomaa), que trouxeram uma maior dinâmica à equipa (principalmente o Gomaa).
Estes dois aspectos permitiram tornar o Nacional na equipa que foi esta época: uma equipa equilibrada, com grande solidez defensiva, permitindo aos avançados ter uma maior liberdade ofensiva, acabando por se tornar o clube com o 4º melhor ataque da liga portuguesa.

A solidez defensiva:
Ao longo dos anos o Nacional tem demonstrado ser capaz de arranjar bons guarda-redes ( Diego Benaglio e Rafael Bracalli, p.e.) e defesas centrais (Maicon, Luís Neto, Felipe Lopes, e mais para trás o Ávalos). São posições que o Nacional tem arranjado sempre boas soluções e, felizmente, também esta época conseguiu arranjar jogadores à altura, com a vantagem de ainda ter conseguido ter um excelente médio defensivo e bons laterais (não é que em épocas transactas não tivéssemos tido bons médios defensivos nem laterais, pelo contrário, mas são posições que em alguns anos ficaram a pecar por ter bons jogadores nessas posições, principalmente na lateral depois do Claudemir ter ido para o meio-campo).
Comecemos então pelo guarda-redes: Eduardo Gottardi. Não há de facto muito a dizer para além de que ele tem demonstrado ser um guarda-redes seguro, ao ponto de meter os adeptos calmos quando qualquer bola chega à área, e isso também é importante para a defesa, ajuda-a a ficar mais serena e a cometer menos erros.
Os defesas centrais: Miguel Rodrigues e Mexer. Lembrando os dois jogos contra o F.C. Porto nesta época, estes defesas mostraram ser uma barreira quase inultrapassável, com o Miguel Rodrigues a mostrar toda a sua garra, muito típica dos jovens jogadores como ele, e com Mexer a mostrar o seu poderio físico lá na área, foram de facto dois jogos no qual ambos tiveram imenso trabalho, já que na maior parte do tempo o Porto estava por cima do Nacional, mas que acabou por não ter sucesso, muito devido a estes dois jogadores. No resto dos jogos ambos mostraram ser regulares no seu trabalho.
Os laterais: Zainadine Júnior e Marçal. Ambos ajudam a criar uma defesa equilibrada, sendo o Zainadine um jogador com muita força, fulcral para ajudar a equipa a defender melhor, e Marçal, um jogador que defende bem mas também tem um caril ofensivo, capaz de ajudar os ataques pelo lado esquerdo.
O médio defensivo: Ali Ghazal. Foi o jogador revelação desta época, Ali Ghazal foi o coração do Nacional este último ano. Se não jogasse, notava-se logo a diferença, podemos dizer que a solidez do nosso jogo dependia muito dele, um jogador que se posiciona muito bem e que "está em todo o lado", capaz de fazer grandes cortes, e depois distribuir bem o jogo.
Estes jogadores permitiram o Nacional tornar-se a quinta melhor defesa do campeonato.

O jogo ofensivo:
Na primeira volta um avançado que trazia velocidade ao ataque do Nacional era o Mateus, mas que saiu no mercado de Inverno. Ficámos então com o mais importante ponta de lança, que na maioria das vezes jogou a extremo, o Mário Rondón, e o nosso melhor desequilibrador Candeias numa das alas. Estes foram os melhores atacantes, no entanto o Djaniny foi importante a exercer o seu cargo de ponta de lança, apesar de não satisfazer a 100% os adeptos (incluíndo eu). Os jogadores Lucas João e Reginaldo serão interessantes de se observar na próxima época.
 Mas para estes avançados era importante ter um bom apoio vindo do meio campo, que melhorou depois da contratação do Saleh Gomaa. É um jogador com boa visão de jogo e com muito potencial, dada a sua idade (20 anos). Claudemir não fez uma segunda parte da época ao seu nível, no entanto continua a ser uma peça fundamental na equipa, uma vez que a saída de Ali Ghazal parece eminente, e o Claudemir também dá um bom apoio ofensivo. João Aurélio, depois de 6 temporadas ao serviço do Nacional, provavelmente fez a sua melhor época ao serviço do clube, trazendo uma boa dinâmica no meio campo do Nacional.
Estas foram peças fundamentais para que o Nacional se tornasse no 4º melhor ataque da época, o melhor ataque dos clubes "não grandes".

A próxima época:
Depois do sucesso desta época, prevê-se que alguns jogadores saiam, sendo que a saída de Ali Ghazal parece eminente, e ele foi só o melhor jogador nesta época na equipa do Nacional. Estas possíveis saídas poderão tornar o Nacional numa equipa mais débil, e com a entrada na Liga Europa, caso o Nacional chegue à fase de grupos, os jogadores irão sentir mais o cansaço nas pernas, e para um plantel não muito vasto vais ser um problema. Fica aqui o desejo de ver jogadores provenientes das camadas jovens a ter sucesso na equipa principal, como o Jota, Camacho, Campos e Diogo, os adeptos preferem e acaba por custar menos ao clube em novas contratações.





As camadas jovens



Mais um ano em que o Clube Desportivo Nacional deu provas de ser o clube que melhores condições e resultados tem na formação de jovens futebolistas na Região Autónoma da Madeira, não só pelos resultados atingidos nos campeonatos regionais, mas também pelas excelentes campanhas feitas nos campeonatos nacionais.

Os júniores:
Continuam a ser os grandes, e únicos, representantes do futebol da Região no campeonato nacional desse escalão. Fizeram uma campanha interessante ao atingir o 3º lugar na segunda fase da prova, depois de não terem conseguido a classificação para a fase final do campeonato nacional.
No final da época disputaram a Taça da Madeira e demonstraram ser a equipa que realmente merece representar a Região nos nacionais, ganhando a prova com mérito.

Os juvenis:
Depois da época passada o Nacional ter conseguido o pleno nos campeonatos regionais desde o escalão de infantis aos juvenis, esta época os juvenis não conseguiram alcançar o campeonato regional, no entanto conseguiram conquistar a Taça da Madeira. Há que se destacar a competência do treinador Luís Filipe, que raramente perde campeonatos regionais, mas quando perde-os, vende-os sempre caro, e para o ano com certeza voltará a ganhar o campeonato regional, com a subida da fantástica equipa de iniciados para o escalão de juvenis.




Os iniciados:
São de facto o principal destaque desta época, fizeram uma campanha formidável, ganhando todos os jogos do campeonato regional, com uma média de 5,9 golos por jogo. Ganharam o marítimo por 0-3 fora de casa, e 4-0 em casa. É caso para dizer que para estes jovens o céu não é o limite, que isto de ganhar não é suficiente, é preciso massacrar!
Mas a sua campanha não acaba por aqui: os iniciados A ainda foram representar o nosso clube nos campeonatos nacionais num grupo com as seguintes equipas: Benfica, Sporting, V. Setúbal, Olhanense e Farense. Conseguiram fazer uma excelente prestação, ganhando todos os jogos menos os jogos contra o Benfica e o Sporting.
Já no fim, depois de terem provado ser a melhor equipa, de longe, da região, e uma das melhores a nível nacional, excluindo os 3 "grandes", os iniciados disputaram ainda a Taça da Madeira e conseguiram ganhar a competição, alcançando assim a dobradinha.


Para concluir o tema das camadas jovens, podemos destacar que o clube foi, de novo, o que mais títulos conquistou na Região, e que o Nacional "limpou" as Taças da Madeira em iniciados, juvenis e júniores, fazendo assim o pleno nas taças. Foi uma excelente temporada, que demonstrou que o investimento, quer na cidade desportiva, quer nos melhores treinadores da Região, tem trazido resultados bastante positivos e que, daqui a uns anos, poderemos ter muitos mais jogadores no plantel principal que foram formados no nosso clube.




Futebol de Praia

Desde a criação da equipa de futebol de praia "Bom Fumo" em 2005, à criação da equipa de futebol de praia do C. D. Nacional em 2011 até ao que é hoje, esta equipa sofreu uma evolução astronómica. Qualquer pessoa que tenha acompanhado o percurso desta equipa, menos atenta ou mais atenta, fica sempre impressionada com o que se atingiu em tão pouco tempo.

Na época passada a equipa de futebol de Praia do Nacional disputou o campeonato nacional de futebol de praia e atingiu o 4º lugar, em 36 equipas inscritas. Para este ano a equipa é uma das principais candidatas a ganhar a competição, que é disputada no Verão.
Uma vez que estamos a fazer o balanço desta época, podemos destacar nesta excelente equipa do Nacional a conquista, pela terceira vez consecutiva, do torneio Coop Beach Soccer Tournament que se realizou nos EUA, San Diego. A equipa também se estreou no Torneio North American Sand Soccer Championship, em Virginia, e alcançaram um óptimo 2º lugar. Também é de realçar que o Nacional cedeu esta época 4 jogadores aos trabalhos da selecção nacional de futebol de praia, dois dos quais são madeirenses: André Jasmins e Pedro Silva são os jogadores madeirenses convocados para a selecção, que durante o ano praticam futsal na Francisco Franco e no Canicence, respectivamente; Duarte Vivo e Lúcio Carmo também foram convocados para a estagiar na selecção nacional.






terça-feira, 25 de março de 2014

O Primeiro Estádio da Região Autónoma da Madeira

É sabido pela esmagadora maioria da população portuguesa que o futebol é um desporto de importância incontornável desde que chegou ao país. É, sem margem de dúvidas, o desporto que mais move e apaixona multidões em Portugal e, digamos, na maioria dos outros países do mundo. No entanto, já pouca gente sabe da importância que a Região Autónoma da Madeira teve na divulgação deste desporto tão popular no nosso país. A verdade é que foi na Madeira que se construiu o primeiro campo de futebol em Portugal, no Largo da Achada na Freguesia da Camacha, em 1875, e que se praticou o primeiro jogo.
 Dito isto, já se sabe que o desporto ganhou uma grande popularidade e se expandiu rapidamente desde a Camacha ao resto da região e, consequentemente, ao resto do país; mas tal não foi suficiente para evitar que os madeirenses tivessem de esperar largos 52 anos desde o primeiro campo português até à conclusão da construção do primeiro estádio da Madeira- o Estádio dos Barreiros.

A necessidade da construção de um estádio polivalente na região desde o princípio do século XX era já algo incontestável, uma vez que a população estava a praticar cada vez mais modalidades como o atletismo, mas principalmente devido à expansão da grande modalidade que era o futebol. Aí, o Clube Desportivo Nacional foi preponderante e assumiu, em 1920, a responsabilidade de construir o primeiro estádio da Madeira. Foi então dada a ordem, em 1925, da construção do Stadium dos Barreiros junto à Estrada Monumental e, apenas dois anos depois, no dia 26 de Julho de 1927,o estádio haveria sido inaugurado. Foi, deste modo, que se deu vida ao sonho de grande parte da população madeirense.
Tendo em conta estes factos, podemos constatar que, do mesmo modo que a RAM foi importante (pioneira) no que toca à prática de futebol em Portugal, o C. D. Nacional também o foi na expansão quer desta modalidade como de outras tantas que o povo já ia praticando na região. É de louvar a iniciativa do clube, uma vez que a mesma foi determinante para que se atingisse o prestígio ao nível do desporto que  Madeira agora detém, sendo de destacar que no presente existem dois clubes a disputar a 1ª liga de futebol e um a disputar a 2ª liga, clubes esses que já utilizaram numa dada altura da sua história o Estádio dos Barreiros como sua "casa".

Desde 1927 que o C. D. Nacional começou a utilizar o Stadium dos Barreiros para os seus jogos de futebol em casa, no entanto, devido às condições que o estádio proporcionava, o mesmo conseguiu atrair outros clubes para a prática deste mesmo desporto. Assim sendo, para além do C. D. Nacional, também o Club Sport Marítimo e o Clube de Futebol União passaram a disputar os seus jogos em "casa" no Stadium dos Barreiros. É de se destacar que estes eram "apenas" os três maiores clubes da região.

Passados 12 anos desde a sua inauguração, o Stadium dos Barreiros foi comprado pelo Governo Regional ao C. D. Nacional pelo valor de 847 mil escudos. A razão da compra deveu-se à má situação financeira em que o C.D.N. se encontrava, que impossibilitava a manutenção do estádio. Para evitar a venda dos Barreiros a instituições que depois poderiam utilizar os terrenos para fins não desportivos (desenvolvimento de campos agrícolas ou de propriedades, por exemplo), o GR decidiu então adquiri-lo, com ambições de melhorar ainda mais o estádio.
Foi então concebido o projecto de estender a capacidade do estádio para 17 mil pessoas e de se construir um parque de estacionamento ao lado do campo e melhorar as estradas de acesso. A construção começou em 1951 e o estádio abriu portas dia 5 de Março de 1957, já com o nome Estádio dos Barreiros.
Estádio dos Barreiros, década de 90

Estádio dos Barreiros, 2007

Os anos foram passando e o Estádio continuava a ser casa dos três maiores clubes da Madeira, até que a partir dos anos 90 se tornou uma evidência que o mesmo já não tinha capacidade de receber tantos jogos por semana. Tal situação fez com que o C. D. Nacional se afastasse do campo e tomasse, uma vez mais, a iniciativa de construir um novo estádio, concluído em 1998- o Estádio Eng. Rui Alves, situado na Choupana, agora denominado como Estádio da Madeira. Também o Clube de Futebol União se afastou do estádio, passando o Club Sport Marítimo a ser o clube da região que mais utilizaria o campo.

Foi então, no dia 14 de Setembro de 2007, que se realizou o acordo entre o Governo Regional e o Club Sport Marítimo, que envolveu a entrega do Estádio dos Barreiros, antiga propriedade pública, ao clube maritimista. Ainda foi acordada uma remodelação do campo e das bancadas, remodelação tal que retirou duas das melhores características  que o estádio possuía: em primeiro lugar retiraram pista de atletismo e, em segundo lugar, bloquearam a fantástica vista para a cidade do Funchal com o aumento da Banca Nascente do estádio, ficando agora apenas uma vista para bancadas, de momento abandonadas (como se pode ver na foto abaixo). Infelizmente, o fim da remodelação do Estádio dos Barreiros ainda não tem data prevista.

Estádio dos Barreiros, 2013

Nos dias de hoje, e apesar de não apresentar uma imagem tão bela como a de alguns anos atrás e de não ter a preponderância que antes tinha, como na altura de que era casa dos três maiores clubes regionais, o Estádio dos Barreiros continua a ser um dos grandes estádios da região (quando estiverem concluídas a remodelações será de novo o maior) e mantém-se como um Estádio mítico na Região Autónoma da Madeira.
Para concluir, e para que certas personagens não piorem o que já de mal fizeram, faço um apelo para que não mudem o nome do Estádio, uma vez que seu nome representa a progressão do desporto na Madeira desde o princípio do século passado até ao presente.

Saudações,
José Gouveia